Imagem: Reprodução/Vanity Fair |
Há cinco anos me tornei
baixadora de séries. Isso mesmo, baixadora de séries (risos). Antes
da TV por assinatura, me divertia aos domingos de manhã assistindo
'Três é Demais' (1987-1995), 'Eu, a Patroa e as Crianças'
(2001-2005), 'Os pesadelos de Molly' (2001-2002), 'Popularidade'
(1999-2001), entre outras. Também me aventurei com os dias agitados
de Jack Bauer (24 Horas) e com os sobreviventes do voo da Oceanic 815
(Lost).
Foi em Salamanca que comecei
a fazer os downloads, pois a
internet era num piscar de olhos. Daí em diante, foi uma trama atrás
da outra. Uma delas é 'Homeland (2011), que acompanho até hoje.
É
fato que não estou mais na vida de baixadora - por causa do tempo e
pela minha internet não colaborar muito – mas, sempre que posso,
alugo e faça uma mini-maratona aqui em casa.
Em
'Homeland', acompanhamos os passos da agente da CIA Carrie Matthinson
(Claire Danes) para provar que um soldado estadounidense, antes
dado como morto, Nicholas Brody (Damian Lewis), trocou de lado e
planeja um ataque terrorista em seu país. Em meio a isso, ela luta
para esconder de todos que sofre de bipolaridade.
A
condição de Carrie sempre foi um ponto-chave no drama. Vemos que
ela não se importa com os meios para chegar aos fins. Este modo de
agir tem relação com sua doença, pois crê que não é capaz de
ter relacionamentos e vida saudáveis. Por isso, se entrega de corpo
e alma a um trabalho perigoso.
Há
poucos dias, aluguei a última temporada e me agradou por ter sido
diferente das outras. O final do 4º ano deixou o caminho aberto, no
entanto, não imaginava que os produtores quase a deixariam como
coadjuvante. Me deparei com uma outra Carrie: feliz, apaixonada,
altruísta. O trabalho não a define mais. Ser bipolar não parece
ser problema.
Existem
feridas, espinhos em nós que tentam dizer que não podemos ser
felizes. E não digo a felicidade de casar, ter filhos, estar no
emprego dos sonhos etc. Me refiro a felicidade de estar bem consigo
mesmo, como a Carrie descobriu depois de quatro temporadas.
Acredito
que Deus quer isso para nós, que sintamos bem conosco. Mesmo que a
gente merecesse a condenação eterna pelo pecado de Adão, Ele
entregou Jesus para morrer por nós. Mostrando que NADA é capaz de
nos separar do Seu amor e do futuro tão maravilhoso que tem nos
reservado no céu.
Uma
vez li num livro que a forma que Deus nos olha é bem diferente da
nossa. A gente se vê como eu quando estou sem óculos: embaçado.
Porém os meus erros, os seus erros, os nossos erros não nos
definem.
A
felicidade está sempre de abraços abertos para nos envolver.
Corramos até ela.