Imagem: Reprodução/Internet |
Por algum tempo, pensei que
era difícil de dar conta de inúmeras coisas ao mesmo tempo. O medo
de falhar, muitas vezes, me limitou a dar o sangue por aquilo que só
me acrescentaria.
Quando nos desconhecemos, não
sabemos o nosso limite e cismamos que quanto menos fazemos, melhor.
Eu pensava assim.
Porém, as coisas mudaram
quando me conheci. Neste ano, iniciei meu curso de pós-graduação
de Comunicação e Marketing em Mídias Digitais.
Inúmeras vezes, olhei o site da faculdade e li sobre o curso. Achava “até que é
legal, mas será que me darei bem? É o que quero?”. As dúvidas
surgiam também, porque julgava que não era uma “aluna exemplar”.
Voltemos no tempo para explicar isso.
Desde pequena, tirei notas
de boas a ótimas na escola. Muitos me chamavam de CDF (continuo
odiando este título), carregava uma certa responsabilidade pelos
meus irmãos também terem sido bons alunos tanto no comportamento
quando nas notas (estudamos na mesma escola).
O Ensino Médio (EM)
parecia fácil, porém começou meio esquisito. Tirei minha primeira
nota vermelha em Química... meu mundo caiu! (risos) Recuperado o
susto, me esforçava para que isso não se repetisse. E no EM, a
gente não tem aquela necessidade de se matar de estudar. Estudava
pra prova um dia antes (com a Química, era diferente né? Hehe).
Na segunda tentativa do
vestibular, entrei na faculdade. E quando somos aprovados, tudo é
muito lindo: a gente não precisa pedir ao professor pra ir no
banheiro, ficamos mais livres para faltar (contamos nos dedos as
faltas que temos). O estudo que era moleza, vira dureza na graduação.
Na facul, somos
desafiados a cada dia a sermos melhores, e até rola aquele clima de
competição entre os colegas – não considero isso saudável. Há
professores e há professores. Guardo no meu coração com imenso
carinho aqueles que se dispuseram em ser atenciosos, amigos,
responsáveis, demonstrando amor à sua profissão e à carreira que
seguiríamos. Também tiveram aqueles que foram o oposto dos meus
queridinhos.
Hoje, dando aulas de
espanhol - mesmo não tendo licenciatura – procuro incentivar ao
máximo os meus alunos. Professor não precisa dar comida na boca do aluno, só precisa ensinar. Infelizmente, deixei que os professores não-queridinhos exercessem negativamente sobre mim como aluna. Formei em Comunicação
Social, no entanto, achava que não era
tão boa assim. Voltemos ao presente.
Como
disse no início, agora, me conheço. Sei bem até onde posso ir e, a
cada dia, tenho descoberto a minha força.
Neste
ano, quis cursar uma pós para alavancar o currículo. Consegui uma
bolsa, me matriculei e iniciei os estudos. Cada vez que tinha
contato com as disciplinas, ficava maravilhada. Pensava “isso
combina comigo”, “já pensei nisso” etc. Me sentia da mesma
forma quando escolhi a Comunicação Social, aquela sensação de que tomei a decisão certa.
Termino
a pós na metade do próximo ano. Nestes
últimos dias, fiz minhas provas finais. Antes disso, entreguei meus
fichamentos - que são os trabalhos obrigatórios de cada matéria.
Quando vi minhas notas e as observações dos professores nos
fichamentos, “estuve más feliz como unas castañuelas”.
Estou
feliz comigo mesma, porque fazer uma graduação, uma pós ou um
mestrado quando já se é adulto é um desafio. Parece loucura
querer estudar – ainda mais se for à distância, como fiz. Sem
contar também que planejei a minha festa de 30 anos. Muitas coisas acontecendo (risos)
Com
este relato, quero incentivá-lo a tentar cada vez mais. À medida
que ficamos mais velhos, tudo fica mais complicado. Por outro lado,
ganhamos maturidade e nos adaptamos melhor. Então, não tenha medo de dar mais um passo. Vai, e se der medo, vai com medo mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário