quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Ano da Borboleta

Imagem: Reprodução/Blog 'Isa C'

Aos oito, nove anos uma amiga de infância me chamou para visitar a igreja que frequentava, perto de nossas casas. Me convidou, especificamente, para a escolinha – momento no qual as crianças tem um ensino voltado para elas durante o culto. Não me recordo sobre o que foi ensinado, mas, ao final, tínhamos que utilizar massinha e canudo picado para fazer o animal que gostaríamos de ser. Por algum motivo, escolhi a borboleta. Talvez – lembrando agora – seja pelo fato da história que a tia contou ter a presença de uma borboleta.

A metamorfose da borboleta é conhecidíssima. De um ovo, surge a lagarta, logo a crisálida e, por fim, a borboleta - uma mais linda que a outra.

Para mim, este ano começou normal, sem muitas expectativas. Na verdade, havia expectativas, mas pensei que aconteceriam de uma forma muito mágica. O erro estava aí. A tempo, concluí que deveria voltar ao ponto de partida e recomeçar o jogo para que novos lances fossem jogados. Que novos inícios tivessem outros meios e resultassem em novos fins.

Assim, pude ser a mesma pessoa com nova essência. Os problemas continuaram sendo iguais, mas decidi enfrentá-los. Os medos causavam aquele frio na barriga, mas os ignorei e fiz com que diminuíssem de tamanho. As alegrias, as bobeiras e os sonhos ganharam o espaço merecido e transbordam de maneira inimaginável.

Sim, foi o ano que em deixei de ser larva e me transformei na borboleta. Me sinto feliz pela Angélica que eu era, mas, principalmente, pela Angélica que sou.

Este post pode ser o último de 2016, no entanto, não poderia de agradecer a Deus pelo seu infinito amor e cuidado. Eternamente grata por tudo que fez por mim, por nós. A principal razão deste blog existir é o fato de ver seus ensinamentos nas pequenas coisas. Obrigada!
Também o dedico a Fernanda, pois seu trabalho me auxiliou nesta caminhada, me fez ver o interior e exterior com outros olhos. Desejo que continue ajudando a outros como fez comigo. Gosto muito de você :D
Vai um “muito obrigada” à minha família, em especial, para minha irmã, Érica, que sempre passa por aqui (risos). Às amigas Laila, Lidi, Carol, Tábata, Amanda e Dani pelo prestígio da visita (se esqueci de alguém, coloca nos comentários rsrs). À Luisa pelas nossas conversas que sempre me fazem pensar mais.
E a todos os visitantes que, posso até não conhecer, mas fico feliz de tirarem um tempinho para ler meus pensamentos.

Que os últimos dias de 2016 sejam ainda melhores. Em 2017, a gente se vê ;)


Boas festas!!!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Carrie 2.0

Imagem: Reprodução/Vanity Fair

Há cinco anos me tornei baixadora de séries. Isso mesmo, baixadora de séries (risos). Antes da TV por assinatura, me divertia aos domingos de manhã assistindo 'Três é Demais' (1987-1995), 'Eu, a Patroa e as Crianças' (2001-2005), 'Os pesadelos de Molly' (2001-2002), 'Popularidade' (1999-2001), entre outras. Também me aventurei com os dias agitados de Jack Bauer (24 Horas) e com os sobreviventes do voo da Oceanic 815 (Lost).

Foi em Salamanca que comecei a fazer os downloads, pois a internet era num piscar de olhos. Daí em diante, foi uma trama atrás da outra. Uma delas é 'Homeland (2011), que acompanho até hoje.

É fato que não estou mais na vida de baixadora - por causa do tempo e pela minha internet não colaborar muito – mas, sempre que posso, alugo e faça uma mini-maratona aqui em casa.

Em 'Homeland', acompanhamos os passos da agente da CIA Carrie Matthinson (Claire Danes) para provar que um soldado estadounidense, antes dado como morto, Nicholas Brody (Damian Lewis), trocou de lado e planeja um ataque terrorista em seu país. Em meio a isso, ela luta para esconder de todos que sofre de bipolaridade.

A condição de Carrie sempre foi um ponto-chave no drama. Vemos que ela não se importa com os meios para chegar aos fins. Este modo de agir tem relação com sua doença, pois crê que não é capaz de ter relacionamentos e vida saudáveis. Por isso, se entrega de corpo e alma a um trabalho perigoso.

Há poucos dias, aluguei a última temporada e me agradou por ter sido diferente das outras. O final do 4º ano deixou o caminho aberto, no entanto, não imaginava que os produtores quase a deixariam como coadjuvante. Me deparei com uma outra Carrie: feliz, apaixonada, altruísta. O trabalho não a define mais. Ser bipolar não parece ser problema.

Existem feridas, espinhos em nós que tentam dizer que não podemos ser felizes. E não digo a felicidade de casar, ter filhos, estar no emprego dos sonhos etc. Me refiro a felicidade de estar bem consigo mesmo, como a Carrie descobriu depois de quatro temporadas.

Acredito que Deus quer isso para nós, que sintamos bem conosco. Mesmo que a gente merecesse a condenação eterna pelo pecado de Adão, Ele entregou Jesus para morrer por nós. Mostrando que NADA é capaz de nos separar do Seu amor e do futuro tão maravilhoso que tem nos reservado no céu.

Uma vez li num livro que a forma que Deus nos olha é bem diferente da nossa. A gente se vê como eu quando estou sem óculos: embaçado. Porém os meus erros, os seus erros, os nossos erros não nos definem.


A felicidade está sempre de abraços abertos para nos envolver. Corramos até ela.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Copo meio cheio ou meio vazio?

Imagem: Reprodução/Kurld


Na semana passada, fez 22 anos que foi exibido o primeiro episódio de uma das séries mais conhecidas pelos seriéfilos (ou não): 'Friends' (1994-2004)!

Virei fã anos depois, quando o programa já havia terminado. Lendo a revista 'Capricho' – durante sua exibição - “acompanhava” de modo curioso as peripécias de Ross (David Schwimmer), Monica (Courtney Cox), Rachel (Jennifer Aniston), Phoebe (Lisa Kudrow), Joey (Matt LeBlanc) e Chandler (Matthew Perry). Quando a TV por assinatura aterrissou em nossa casa, vibrei por adentrar no mundo desses seis amigos.

Não assisti a todos os episódios, mas não faz mal. Me divirto com aqueles que vi centenas de vezes, sabendo das falas e das cenas que estão por vir. Até hoje o programa é exibido. Infelizmente, não está seguindo a ordem cronológica.

E porque eu recomendaria a assisti-la depois de tanto tempo? Bom, é o tipo de série que todos precisam ver. Nos distrai com as situações mais engraçadas, bobas e esquisitas, nos sensibiliza com os momentos que a vida de adulto traz pra gente. Nas conversas com meus amigos, surge uma vez ou outra uma situação de 'Friends'. Parece bobeira, mas é verdade. Se torna parte da vida (risos).

Eclesiastes é um livro reflexivo – gosto muito! No capítulo 3, versículo 15 parte a, diz “O que é já foi; e o que há de ser também já foi.” Basicamente, não há nada de novo no mundo em que vivemos. Tudo está ligado a minha perspectiva sobre as coisas.

Assisto 'Friends' com a certeza que haverá risadas. Da mesma forma, devemos encarar a vida.
Não estou dizendo que não terão momentos ruins. O que precisamos fazer é encará-los na maior naturalidade e deixá-los pra lá (ou, como costumo dizer, não vamos dar ibope).


A vida é curta pra ficarmos ligados só nos problemas. Vamos apreciar o mais simples momento com um sorriso estampado no rosto.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Dando asas aos sonhos

Imagem: Reprodução/Best Swimming


Até escrever este artigo não tinha me dado conta que havia realizado mais um sonho. Com o passar do tempo, desejos vão nascendo dentro de nós e, podem ser perder quando chegamos na fase adulta. Tantas obrigações a cumprir, normal que eles se percam.

Me lembro de assistir minha primeira Olimpíadas aos quatro anos. Na verdade, me recordo da final do vôlei masculino de quadra, em que o Brasil foi campeão. Imagem que vem à memória como se fosse ontem. Quatro anos mais tarde, vieram os Jogos em Atlanta e, desde então, acompanho um dos eventos mais bonitos que existem.

Amo o sincronismo da ginástica rítmica e do nado sincronizado, sentir o coração na boca ao acompanhar os jogos de vôlei e assistir a precisão da ginástica artística. Também gosto de assistir à natação - sim, pelos nadadores-colírios (risos). Se fosse atleta, escolheria um deles.

Achava que estava distante de mim poder presenciar um evento como esse. Então, o Rio foi escolhido pra sediar em 2016 e a chance de assistir a algum(ns) dos meus esportes favoritos. Veio a primeira fase do sorteio de ingressos, minha irmã – que também é superfã - e eu tentamos conseguir uma fatia do bolo. Sai o resultado: não conseguimos. Ficamos tristes, mas ainda tínhamos mais uma chance. Na segunda tentativa, optamos por outras modalidades, como o basquete, esporte que a Érica sempre curtiu. Para nossa alegria, fomos sorteadas!!! Ingressos para o basquete e ciclismo mountain bike. \o/

Se fosse possível marcar um encontro com as Angélicas do passado eu diria: sonhe, porque é possível. Como escrevi em minha postagem no Facebook, passou cerca de um ano para o momento chegar. E ele chegou. A partida de basquete foi emocionante!


De espectadora para participante. Em Efésios 3.20a diz: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos”. Realmente, foi melhor.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Além da cor da pele

Imagem: Reprodução/UOL


Aos 4, 5 anos assistia a minha primeira novela mexicana – sim, curto os dramalhões! - Carrossel. Lembro vagamente de algumas histórias, mas a mais conhecida era do amor de Cirilo por Maria Joaquina. Ele, um menino pobre e negro. Ela, uma garota rica e branca. Enquanto ele a amava, a garota o desprezava pela cor da pele. E a gente sofria por esse amor não correspondido e que tinha o preconceito como obstáculo.

Demorou para entender o que a palavra racismo significava. Na minha família temos origens indígena e negra. Há casais inter-raciais, primos loiros, mulatos. Temos amigos brancos, negros, descendentes de japoneses, enfim, de todas as tonalidades que imaginar. Meus pais nunca disseram para tratar o outro diferente só porque a pele dele é mais clara ou escura. Muito menos, que nos sentíssemos inferiores por sermos negros. Por isso, foi tão difícil detectar o racismo e saber que existe.

Mas ele existe e tem sido capaz de fazer vítimas. Vítimas que, muitas vezes, não tem a chance de se defender. Vítimas que são machucadas por palavras. Vítimas que tem reagido da mesma forma que seus algozes.

E mesmo que aqui, no Brasil, não tenha a mesma intensidade que em países europeus e Estados Unidos, ele acontece da pior maneira, a maneira silenciosa. É no olhar e no pensamento que reside.

Diante de tantas notícias sobre casos de racismo, lembro que Deus nem se importa com a cor que nos colore. Ele teve cuidado de fazer cada um à sua maneira, com características específicas. O nosso Pai não olha isso como alguns insistem em fazer (Romanos 2.11). Pelo contrário, olha o nosso coração, aquilo que tem nos motivado nossas ações.


Que flua de nós mais amor sem olhar a quem se dirige.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Todas querem ser Elizabeth Bennet

Imagem: Reprodução/Integrity Love Unity

Entre dez mulheres que leram o clássico 'Orgulho e Preconceito', 11 sonham com o Mr. Darcy – sim, me incluo nisso. Mas não é apenas ele que conquista o público, a história de Jane Austen encanta por ter todos os ingredientes de um romance com uma pitada realista.

No século XIX, as moças já sofriam com a pressão de casamento, não muito diferente do que acontece hoje. E, assim como Lizzy, a gente tenta mostrar que a vida não se resume apenas numa união.

Calma gente, não estou levantando a bandeira feminista. O que quero dizer é que, desde sempre, as pessoas nos cobram com coisas que não estão totalmente sob nosso controle. Não se liga um botãozinho de “GOSTAR DE ALGUÉM”, tudo surge da simplicidade, do conhecer, dos pequenos gestos. E outra, Deus nos criou para algo muito maior, para viver e aproveitar tudo aquilo que está ao nosso redor. E, o mais importante, ser feliz consigo mesmo.

Não temos que buscar a relação perfeita, afinal, somos imperfeitos. Devemos querer algo que venha acrescentar e, ao mesmo tempo, que nos faça compartilhar aquilo que temos de melhor. Assim, os dois ganham aprendendo e crescendo juntos.

Em 1 Coríntios 13.4-7, a gente tem uma definição bem bonita sobre o que é o amor. E é um amor desse que todos devemos querer, mesmo que leve mais tempo que imaginamos.

Desde pequena, sonho em me casar e ter os meus pequerruchos (hoje, pretendo ter dois, mas já tive vontade de ter sete... vai vendo – risos). Ainda não aconteceu e, fico feliz porque, se tivesse casado aos 24, não teria a maturidade dos 28, quase 29. Tem aqueles dias que a gente fica triste de não ter “aquele alguém” ao seu lado, no entanto, é preciso ter fé para confiar e esperar. Como li há pouco num texto de Charo Washer, Deus trabalha em nós para que estejamos preparadas a assumir os dois papéis mais importantes: de esposa e de mãe. Tudo vem em tempo oportuno.


Como a Lizzy, também quero ter um Mr. Darcy. Ele está por aí, eu sei.

sábado, 2 de julho de 2016

Erros e acertos

Imagem: Reprodução/Tele Séries
Um dos melhores gêneros no entretenimento é o suspense policial. É capaz de fazer o espectador não piscar por um segundo, tem a capacidade de prendê-lo até o fim. Seja na literatura, no cinema ou na TV, é um dos meus tipos favoritos.

‘Broadchurch’[1] (2013-) é uma série britânica com duas temporadas - a terceira está a caminho – que se encaixa na descrição acima. O detetive Alec Hardy (David Tennant) vai para a cidade de Broadchurch investigar a morte do garoto Danny Latimer (Oskar MacNamara). Lá, a detetive Ellie Miller (Olivia Colman) torna-se sua parceira e os dois buscam desvendar o crime. Na primeira temporada, surge um suspeito em cada episódio. Como resultado, o passado e segredos dos habitantes vem à tona e, as consequências tendem a não ser boas.

Programas como esse mostram como o ser humano tem a tendência de pensar que é melhor que o outro. Só por que faz isso e não aquilo, é bom e ponto!


Muitas vezes, assumimos o papel de juiz e batemos o martelo. Não quero defender ou justificar quem toma decisões erradas, mas quero enfatizar que é raro nos colocar no lugar do outro. Preferimos virar as costas do que oferecer ajuda. Simplesmente, esquecemos que todos erramos a cada dia.

Acima de nós existe um Deus tão grandioso que faz exatamente o contrário: nos estende a mão. Tão soberano que, mesmo que a nossa mente nos culpe, Ele está pronto para nos lembrar que nos ama e nos perdoa, independente do que fizemos.

Em 1 João 3.20 diz que “sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração e conhece todas as coisas”. Esta palavra me confortou nesta semana, me recordou que o Senhor está acima de tudo que imaginamos.

Cada dia é um aprendizado. Há dias que acertamos, outros que erramos. A certeza é que devemos sempre buscar fazer e dar o nosso melhor a todos e em tudo.



[1] Inevitável comentar sobre a fotografia da série, uma das melhores e mais belas que já vi.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Aventurar é preciso

Imagem: Reprodução/Wikipédia

Sair da zona de conforto é um desafio. Afinal, em time que está ganhando não se mexe, não é mesmo? Às vezes sim, às vezes não. Nós, seres humanos, somos construídos a cada dia. Sonhos vêm e vão. Com a correria do dia a dia, focados em nossas obrigações, a gente pode acabar esquecendo de “viver”. E isto está relacionado em quebrar a rotina, em fazer algo diferente do que estamos acostumados.

Há quase quatro anos, aluguei o livro ‘O Hobbit’[1], de J. R. R. Tolkien. Assisti a trilogia do ‘O Senhor dos Anéis’ e estava empolgada – como milhares – a retornar ao mundo fantástico da Terra Média. Por isso, resolvi ler a obra para me “ambientar”. Não consegui cumprir a tarefa (Shame! – risos), porém, as poucas páginas que li me chamaram a atenção.

Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) é um hobbit que tem uma vida muito tranquila. Num piscar de olhos, se vê envolvido numa missão para acompanhar os anões - liderados por Thorin II (Richard Armitage) - até a Montanha Solitária para recuperar seus bens, roubados pelo dragão Smaug (Benedict Cumberbatch).

A cena em que os anões vão chegando de surpresa na casa de Bilbo, arrancou risos quando li e assisti no cinema. Ele fica atordoado com a invasão e tenta entender o que está acontecendo. Ao constatar que Gandalf (Ian Mckellen) quer incluí-lo no plano dos anões, Bilbo recusa de cara. Afinal, o que tem ele a ver com isso?

O objetivo do mago era tirar o hobbit daquela vida pacata, mostrá-lo que o mundo se estendia além das quatro paredes que conhecia. Foi esse ponto que me atraiu: a chance de se aventurar.

Desde pequenos, imaginamos como será nossa vida. A profissão que escolheremos, a idade que vou casar e com quem (incluindo artistas – risos), quantos e quais nomes nossos filhos terão, entre outros planos. E, mesmo numa vida superplanejada e certinha, vale a pena tirar as coisas do lugar para dar uma mexida dentro de nós. Isso vale para nosso próprio crescimento e serve como aprendizado.

Eclesiastes é um dos meus livros preferidos da Bíblia. Há passagens poéticas que são verdadeiras lições para todos nós. No capítulo 11, dos versículos 1 a 6, são citados acontecimentos que estão fora do nosso controle como, por exemplo, o caminho do vento, como são formados os ossos da grávida. Vejo nas entrelinhas que Deus fala para não ficarmos simplesmente parados, deixando a vida passar.

É necessário nos movimentar para fazer nosso coração acelerar, arrancar risos de uma situação improvável, passar uns perrengues para contar aos filhos e netos e deixá-los de olhos arregalados.

Não estou dizendo que devemos sair como loucos fazendo que vem à mente, longe disso. O Senhor nos deu a liberdade de fazer tudo que quisermos com moderação – e sabemos quais são os nossos limites.

Ao longo dos três filmes, testemunhamos como a jornada inesperada faz bem ao hobbit. Que sejamos Bilbo, não de vez em quando, mas sempre.






[1] Na literatura, a obra antecede ‘O Senhor dos Anéis’; no cinema foi transformada em trilogia. Os filmes foram lançados entre 2012 e 2014.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

E você, diferentão, qual seu superpoder?

Imagem: Reprodução/Omelete

Quando pequena era a Jubileu. Não tinha grandes poderes, mas, assim como eu, era a mais nova do grupo. Ela soltava umas coisinhas brilhantes e coloridas, era tudo que sabia. Este papel foi dado a mim pelos meus irmãos mais velhos, Érica e Cléber, que eram a Tempestade e o Wolverine. E nem precisa ser gênio para constatar que ambos assumiram dois dos personagens mais legais e disputadíssimos – conheço várias pessoas que eram Ororo Monroe[1], agora Jubilation Lee[2], só minzinha. (risos) na adolescência, pude optar em ser a Lince Negra. Atravessar paredes é maneiro, não é?

Todo mundo – pelo menos aqueles que gostam de super-heróis - já imaginou ter superpoderes. Acredito que os mais cobiçados sejam a capacidade de controlar o tempo e ser capaz de entrar na mente das pessoas. Pensando sobre isso no nosso mundo, tenho certeza que seria o caos. Seria difícil confiar em alguém, por exemplo.

Há poucas semanas, estreou nos cinemas ‘X-Men: Apocalipse’ (2016). Mais uma vez, os mutantes precisam se reunir para combater um mutante tido como mais poderoso de todos. E, a título de curiosidade, sabe quem deu as caras dessa vez? A Jubileu, posso me orgulhar. (risos)

Logo no início do longa, é narrado sobre o lado ruim de ser “diferente”. Quando alguém é capaz de ver o futuro, essa pessoa tem medo, pois não poder fazer nada para mudá-lo. É dado outro exemplo que não recordo, mas a fala termina dizendo que “quando se é o mutante mais poderoso do mundo, ele pensa ser Deus” (para os amigos cinéfilos de plantão, me desculpem por não lembrar das palavras exatas e se cometi erros ao reproduzi-la).

Me fez refletir, porque se me concedessem um superpoder, agiria em prol de mim mesma e daqueles que me rodeiam. Isto me fez lembrar de outro filme que gosto e sempre paro para assistir quando está passando, ‘Todo Poderoso’ (2003). Bruce (Jim Carrey) tem certeza que não é um dos filhos prediletos do Ser Supremo. Então, ganha a chance de viver em sua pele e o que faz? Toma decisões que o beneficiam. A tempo percebe que ser o Todo Poderoso não é fazer aquilo que se gosta para benefício próprio.

Através de Jesus, Deus se fez carne (João 1) e experimentou tudo aquilo que um ser humano vivencia: nasceu, fez descobertas, chorou, foi traído etc. Muitas vezes julgamos que Ele não sabe nem entende os problemas que passamos. Com prazer, digo que estamos enganados.

Antes de ser preso, Jesus fez uma oração no Getsêmani (Mateus 26.39) expondo ao Senhor sua vulnerabilidade diante daquela situação que viria. Ele sabia que seria humilhado, desejou que, de alguma forma, pudesse ser diferente. Mesmo assim, não se desviou do seu propósito. Morreu por todos nós. POR TODOS NÓS.

E se pararmos para pensar, veremos que temos superpoderes. Amar, respeitar, rir, abraçar, aconselhar... tantas coisas que carregamos dentro de nós desde o dia que fomos concebidos. Assim, não há desculpa para esconder seu superpoder.




[1] Alter ego da Tempestade
[2] Alter ego da Jubileu

sábado, 28 de maio de 2016

Um pequeno lembrete: viva!

Imagem: Reprodução/Adoro Cinema

Mais um dia de aulas do Ensino Médio numa escola estadunidense. Adolescentes de 15, 16, 17 anos vivem se preocupando apenas com tarefas cotidianas e com as provas que virão. Se, por um lado, há papo entre amigos e beijos apaixonados, por outro, há solidão e zombaria. Diante desse cenário, quem imagina que uma tragédia é iminente?

‘Elefante’ (2003) é uma produção do diretor Gus Van Sant que se baseia no Massacre de Columbine, no qual dois estudantes assassinaram 12 alunos e um professor – além de ferirem outros e se suicidarem. Van Sant poderia centrar apenas na vida dos jovens assassinos ou nas vítimas. No entanto, o espectador conhece os personagens pelo ponto de vista de cada um, assim vemos como eram suas vidas e com quem se relacionavam – desde os populares até aqueles que eram alvos de “brincadeiras”.

Ao assistir o longa, é inevitável relembrar nosso tempo de escola. Mesmo que o sistema brasileiro não seja idêntico ao dos EUA, a nossa memória se acende. Quem está na casa dos 20, 30 – como eu – sabe do que estou falando.

Como os adolescentes de Columbine e do próprio filme, quem se preocupa com a morte nesta idade? Achamos que isso não é pra gente, somos quase invencíveis. Então, me recordo dos versículos que nos comparam com a flor do campo (Salmo 103.15,16). Um dia estamos aqui, outro não. A vida é assim, um suspiro.

Talvez você pense que, ao escolher um tema “pesado” ou “ruim” para estrear o blog, eu seja uma pessoa pessimista. Pelo contrário, me considero otimista, uma sonhadora. Tento sempre ver o lado bom das coisas, mesmo que digam ao contrário. E, por ser um pouco Pollyanna, gosto de ver filmes como este que me dão “um tapa na cara”, como costumo dizer. Nos faz lembrar que a vida é passageira.

Deus deseja que aproveitemos cada segundo de nossas vidas. Por isso que é tão bom rir, comer besteira, ficar de bobeira em casa... (tudo com moderação, entiendes?) Coisas simples que nos impulsionam a acordar a cada dia e que nos evidencia que vale a pena viver.  

Quando chegamos a fase adulta, as responsabilidades aumentam. Por pensar tanto amanhã, deixamos de curtir o momento. Nosso Pai quer que lembremos de viver, de não se preocupar tanto pelo futuro. Ele mesmo, através de Jesus, disse que cuida do alimento dos passarinhos e da “roupa” das flores, como não cuidará de nós que somos seus filhos (Mateus 6.26-34). Nós, que Ele tanto se empenhou em fazer de um modo perfeito (Salmo 139.14-16).


Por isso, viva e aprenda!